Mercados
A medida de inflação preferida do Federal Reserve, o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), será divulgada às 9:30h.
É esperado que o PCE permaneça estável em 2,6% em termos anuais no mês de maio, enquanto o núcleo — que exclui preços de alimentos e energia e é o parâmetro utilizado pelo Fed — suba 0,1% no mês, trazendo a taxa anual de 2,8% para 2,6%.
Uma surpresa para cima na inflação reduziria o montante de cortes que o mercado espera, atualmente cerca de 45 pontos base, desencadearia um ajuste para cima nas taxas de juros e pesaria contra os ativos de risco. Por outro lado, um núcleo em 2,6% colocará novamente a discussão de três cortes na mesa.
Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA sobem ligeiramente nesta sexta-feira (28). A taxa do título do Tesouro de 10 anos está em 4,30% e a taxa do título do de 2 anos em 4,72%.
O índice do dólar está estável na máxima de oito semanas em 106,1.
Os preços do petróleo estão em leve alta com os futuros do petróleo tipo Brent para liquidação em agosto em alta de 0,2% para US$ 86,54 por barril.
Os mercados da Ásia subiram nesta sexta, à medida que dados econômicos otimistas do Japão levaram o índice de ações Topix a uma máxima de 34 anos. Ao mesmo tempo, o iene japonês atingiu novas mínimas de 38 anos em relação ao dólar, enfraquecendo até 161,3 contra a moeda norte-americana.
As ações europeias operam estavam em alta hoje, enquanto os futuros do S&P 500 também sobem.
Por aqui, o governo continua emitindo sinais contraditórios, o que tem acentuado as incertezas com o compromisso do arcabouço fiscal — o que aumenta o prêmio de risco, eleva o câmbio, os juros e deprime os preços dos ativos.
Ontem, o Ibovespa fechou em alta de 1,36%, aos 124.308 pontos. O dólar subiu 0,22%, cotado a R$ 5,5075.
Economia
EUA – A terceira revisão dos dados do PIB aumentou a variação anualizada do PIB de 1,3% para 1,4% no primeiro trimestre de 2024. O consumo das famílias foi revisado significativamente para baixo, de 2% para 1,5% — refletindo uma maior queda no consumo de bens e um menor avanço no consumo de serviços. Isso pode indicar que essa parte da demanda agregada está sendo mais afetada pelo aperto da política monetária do que se pensava. Em contrapartida, o crescimento do investimento subiu de 6% para 7%, enquanto o aumento do consumo do governo foi revisado de 1,3% para 1,8% e a contribuição do setor externo para o PIB aumentou desde a divulgação anterior. Apesar da maior fraqueza do consumo, o deflator no primeiro trimestre de 2024 foi ligeiramente revisado para cima, de 3% para 3,1%, enquanto o núcleo do PCE passou de 3,6% para 3,7%.
EUA – As encomendas de bens duráveis e de bens de capital indicaram uma fraqueza adicional no 2° trimestre. Embora o indicador geral de encomendas de duráveis tenha superado as expectativas, registrando um aumento de 0,1% em relação a abril (quando a expectativa era de uma queda de 0,5%), os índices que excluem defesa e transportes diminuíram, e este último ficou abaixo do esperado. Os sinais de desaceleração das encomendas de bens de capital foram ainda mais evidentes. O indicador geral caiu 0,5% no mês, enquanto os índices que excluem defesa e aviação registraram quedas ainda maiores.
Brasil – Houve criação líquida de 131 mil postos de trabalho formal em maio. Esse resultado representa o segundo pior desempenho para o mês de maio desde o início da nova série do Caged em 2020, ficando à frente apenas do primeiro ano, que foi fortemente impactado pelo início da pandemia. Essa surpresa negativa está relacionada com as enchentes no Rio Grande do Sul, que foi a única das 27 unidades federativas do Brasil a apresentar um saldo negativo de 22,1 mil postos, em comparação com saldo positivo de 13,5 mil no mês anterior.
Nos primeiros cinco meses de 2024, foram criados 1,088 milhão de postos de trabalho, bem acima dos 874 mil registrados no mesmo período de 2023. O saldo acumulado dos últimos 12 meses desacelerou após cinco meses consecutivos de aceleração, passando de 1,7 milhão para 1,6 milhão de postos.