Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) voltaram a ganhar destaque após anos de desempenho prejudicado pela pandemia de covid-19 e pelas taxas de juros altas no Brasil e no mundo. Será que vale a pena investir em FIIs no cenário atual?
Hoje, com a recuperação da economia, a volta do trabalho presencial e o movimento de redução da Selic (a taxa básica de juros brasileira), investir em FIIs é uma opção para quem busca diversificação de investimentos.
Neste artigo, vamos entender como os FIIs podem se encaixar em diferentes estratégias e gerar renda extra para investidores. Você vai descobrir se esse investimento faz sentido para o seu perfil. Acompanhe.
O que são fundos imobiliários?
Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são uma forma de investimento coletivo cujo objetivo é aplicar recursos em empreendimentos imobiliários ou em títulos financeiros nesse mercado.
Os FIIs funcionam de forma semelhante a outros fundos de investimento. Os investidores (também chamados de cotistas) compram as cotas de um fundo e, assim, tornam-se donos de uma parcela proporcional de seus ativos, tendo direito a receber os aluguéis dos imóveis na carteira do fundo, por exemplo.
O principal objetivo dos FIIs é a geração de renda com:
- aluguéis;
- investimento em títulos do mercado imobiliário;
- ganho de capital na venda de imóveis.
Os fundos imobiliários podem investir em:
- imóveis e condomínios residenciais;
- lajes corporativas (andares em prédios) e edifícios comerciais;
- shopping centers;
- hospitais, universidades, agências bancárias;
- centros logísticos;
- terrenos e imóveis em construção;
- títulos ligados ao mercado imobiliário, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI).
Os rendimentos gerados por um FII são distribuídos de forma regular, geralmente uma vez por mês, conforme estabelecido no regulamento de cada fundo. Investidores pessoa física não pagam Imposto de Renda (IR) sobre esses valores.
Os FIIs são negociados na bolsa de valores e, portanto, são considerados investimentos de renda variável. O valor de suas cotas varia de acordo com as oscilações do mercado e seu preço pode ser consultado em tempo real nas plataformas de corretoras de investimentos, como a Monte Bravo.
Por que vale a pena investir em FIIs?
1 – Diversificação de investimentos
Os FIIs são uma forma prática de investir em diferentes segmentos do mercado imobiliário. Com uma única aplicação, eles oferecem acesso a uma carteira diversificada de ativos, diluindo o risco de investir diretamente em imóveis.
2 – Acesso a ativos sofisticados e exclusivos
Investir em FIIs permite ter na carteira ativos imobiliários que, de outra forma, estariam fora de alcance. Imagine, por exemplo, receber aluguéis de prédios comerciais localizados em grandes centros financeiros ou investir em títulos escassos no mercado. Os FIIs dão acesso a esses ativos.
3 – Liquidez
Ao contrário do investimento direto em imóveis, os FIIs são negociados na bolsa de valores.
As condições de compra e venda variam de acordo com o tamanho do fundo, a quantidade de investidores e a situação do mercado, entre outros fatores. Os preços podem ser acompanhados em tempo real pelo home broker da sua corretora de valores.
Dessa forma, é possível comprar e vender as cotas dos FIIs a qualquer momento e de forma transparente.
4 – Rendimento mensal isento de Imposto de Renda
Muitos FIIs distribuem rendimentos mensais aos investidores, o que é uma opção para quem deseja renda extra.
Além disso, esses rendimentos são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas nas seguintes condições: o fundo deve ter, no mínimo, 50 cotistas e o investidor deve possuir menos de 10% das cotas do fundo.
Para quem os FIIs são indicados?
Os FIIs podem fazer parte da carteira de diversos perfis de investidor, sempre respeitando o nível de tolerância a risco.
- Perfil moderado: Para investidores que toleram algum nível de risco e priorizam gerar renda extra, os FIIs de papel são uma opção interessante. Seus rendimentos, geralmente ligados a taxas de juros ou inflação, são uma alternativa em tempos de Selic alta.
- Perfil agressivo: Para aqueles que aceitam maior volatilidade e buscam valorização no longo prazo, FIIs de tijolo, de lajes corporativas ou de galpões logísticos são opções. Esses fundos podem oferecer retorno maior, especialmente em cenários de recuperação econômica e queda de juros.
Como investir em FIIs
Investir em FIIs é bem simples. Basta ter uma conta em uma corretora, selecionar os fundos adequados a seu perfil e seus objetivos de investimento e fazer a compra das cotas. Tudo pode ser feito pelo computador ou pelo aplicativo da corretora em poucos passos.
Porém, antes de fazer qualquer aplicação, é importante realizar uma análise cuidadosa de cada FII para entender os riscos do investimento e saber quais são os mais adequados para a sua carteira. Vale considerar orientação profissional, como a da Monte Bravo Corretora, para auxiliar você nessa escolha.
Tendências para fundos imobiliários em 2024
A Selic, a taxa básica de juros brasileira, foi de 13,75% ao ano em julho de 2023 para 10,50% a.a. em maio de 2024. Segundo o Relatório de Mercado Focus, uma pesquisa do Banco Central do Brasil que coleta estimativas de analistas do mercado, a Selic deve terminar o ano em torno de 10% a.a.
Esse movimento de redução tende a beneficiar a performance dos fundos imobiliários em 2024. Isso porque a queda dos juros:
- reduz o custo de captação de recursos para financiar novos empreendimentos;
- alivia o custo da dívida das empresas;
- atrai investidores em busca de retornos acima da Selic.
Nesse pano de fundo, o Ifix, o índice que reflete o desempenho médio dos FIIs negociados na bolsa brasileira, apresenta uma performance positiva nos primeiros meses de 2024: o índice subiu 2,14% entre janeiro e maio, enquanto o Ibovespa, o principal índice de ações do mercado brasileiro, caiu 9% no período.
Mas, assim como o mercado imobiliário tem segmentos distintos, os FIIs também podem apresentar comportamentos distintos a depender dos ativos na carteira desses fundos. Considerando esse ponto, a tendência é observarmos:
1 – Valorização de fundos que investem em imóveis físicos
Os FIIs que investem em galpões logísticos e lajes corporativas, por exemplo, se beneficiam da atividade econômica mais aquecida diante da queda dos juros – a demanda por locação tende a aumentar, o que, em teoria, puxa para cima o preço dos aluguéis desses espaços.
2 – Atratividade de fundos de recebíveis
Também chamados de FIIs de papel, esses fundos investem em títulos de renda fixa que remuneram o investidor em linha com a Selic (ou até acima disso, a depender da política do fundo).
Quer saber mais sobre como investir em fundos imobiliários? Abra sua conta na Monte Bravo Corretora ou fale com nosso time para entender como construir um futuro mais seguro para você, seus negócios e sua família.