Juros fecham estáveis em dia de aversão ao risco

15/04/2024 às 09:43

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Segunda

Abr

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Os juros futuros encerraram na sexta-feira (12) perto da estabilidade, após operarem em alta durante boa parte do dia.

A curva teve ganho de inclinação tanto em relação a ontem quanto em comparação à última sexta-feira, refletindo a reprecificação dos ativos quanto à política monetária nos Estados Unidos , o aumento do estresse geopolítico e, internamente, a piora na percepção de risco fiscal.

Na sessão da última sexta-feira, marcada pela escalada das tensões entre Israel e Irã, o movimento das taxas, que haviam subido muito nos últimos dias, foi visto como bem comportado.

No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 estava em 10,045%, de 10,060% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026, em 10,22% (de 10,21%). O DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 10,53%, estável, e o de janeiro de 2029, taxa de 11,08%, de 11,07%.

As taxas estiveram em alta firme pela manhã, influenciadas pela desvalorização do câmbio, apesar da queda no rendimento dos Treasuries, por sua vez respondendo à chamada busca pela segurança em meio ao aumento do risco geopolítico, que também pressionava os preços do petróleo acima de 2%.

O dólar à vista bateu nas máximas à casa de R$ 5,14, enquanto o retorno da T-Note de dez anos voltava a rodar abaixo de 4,50%. Os juros dos DIs de médio e longo prazos chegaram a subir quase 10 pontos nas máximas da manhã da última sexta-feira.

No começo da tarde, porém, houve uma descompressão e o avanço das taxas perdeu impulso, na medida em que o dólar se afastou dos picos do dia e o petróleo também desacelerou os ganhos, enquanto o yield da T-Note de dez anos voltou a rodar nos 4,50%.

Para o estrategista-chefe da Monte Bravo, Alexandre Mathias, as taxas reagiram hoje de forma moderada ao aumento da aversão ao risco externo porque já vinham avançando muito nas sessões anteriores, mas caso se concretizem as ameaças do Irã haverá impacto sobre os ativos, especialmente a depender do que ocorrer com o petróleo.

“O efeito imediato seria mais sobre os ativos do que sobre a política monetária. Para entrar na função-reação dos bancos centrais, esse evento teria primeiro de chegar aos núcleos da inflação, que é o que os BCs olham, o que pode ocorrer em caso de um conflito mais perene”, explicou. Assim, o Brasil, onde o Banco Central mira a inflação cheia para a meta, pode sofrer mais.

Leia mais no E-Investidor do Estadão.

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