Inflação: Alexandre Mathias no E-Investidor (Estadão)

17/03/2024 às 22:48

17

Domingo

Mar

3 minutos de leitura
Compartilhar

Juros fecham em queda, com mercado de olho na inflação no Brasil e nos EUA

Os juros futuros fecharam na última terça-feira (12) em baixa moderada. Os dados de inflação acima do consenso não alteraram o quadro de apostas para a política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, com o mercado deslocando o foco para a composição dos indicadores, que trouxe boas notícias nos principais recortes. Na questão da Petrobras (PETR4), houve melhora na percepção de risco, mas os ruídos não foram totalmente dissipados.

No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 era de 9,835% (mínima), de 9,867% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 marcava 9,65%, de 9,70% ontem. O DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 9,88% (de 9,93%) e a do DI para janeiro de 2029 estava em 10,37%, de 10,40%.

IPCA no Brasil e CPI nos Estados Unidos

A agenda do dia se desenrolou ainda pela manhã, sem potência para definir qualquer trajetória para as taxas. No exterior, os yields dos Treasuries subiram, mas o mercado resistiu ao contágio.

Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo, afirma que o IPCA e o índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) nos Estados Unidos, ambos de fevereiro, foram bem digeridos, enquanto a pressão nos Treasuries estaria mais ligada ao leilão de US$ 39 bilhões em T-Notes.

No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 era de 9,835% (mínima), de 9,867% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 marcava 9,65%, de 9,70% ontem. O DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 9,88% (de 9,93%) e a do DI para janeiro de 2029 estava em 10,37%, de 10,40%.

A agenda do dia se desenrolou ainda pela manhã, sem potência para definir qualquer trajetória para as taxas. No exterior, os yields dos Treasuries subiram, mas o mercado resistiu ao contágio. Alexandre Mathias, estrategista-chefe da Monte Bravo, afirma que o IPCA e o índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) nos Estados Unidos, ambos de fevereiro, foram bem digeridos, enquanto a pressão nos Treasuries estaria mais ligada ao leilão de US$ 39 bilhões em T-Notes.

O IPCA subiu 0,83%, quase o dobro da inflação de 0,42% em janeiro e acima da mediana das estimativas de 0,78%, que tinham teto em 0,88% e piso em 0,61%. Em 12 meses, acumula alta de 4,50%, limite superior da meta central de inflação de 3,00% para 2024.

Houve desaceleração mais forte que a esperada na média dos núcleos, em serviços, serviços subjacentes e bens industriais, enquanto os preços livres e administrados aceleraram menos do que o previsto.

Pesquisa Focus

Na Pesquisa Focus, a mediana para a Selic no fim de 2024 permaneceu em 9,00%. Para 2025, a mediana manteve-se em 8,50%. Para o IPCA, a expectativa para 2024 oscilou marginalmente de 3,76% para 3,77% e manteve-se em 3,51% para 2025.

Do mesmo modo que o IPCA, o CPI não alterou substancialmente o cenário para juros americanos, com o mercado se apegando na desaceleração do núcleo na comparação interanual (3,8% para 3,9%), mesmo acima da mediana (3,7%). O índice cheio subiu de 3,1% em janeiro para 3,2%, acima da previsão (3,1%).

“O CPI mostrou uma história parecida com a daqui, de abertura benigna, com outras cores, mas totalmente compatível com a ideia de início do ciclo de corte em junho”, afirma Mathias, para que vê os DIs com prêmio baixo. “Onde tem um pouco mais é no trecho longo e na curva de IPCA, mas o alívio depende de alguns fatores”, afirma Alexandre Mathias, citando entre eles a definição da questão fiscal.

Leia a reportagem na íntegra: clique aqui.

Artigos Relacionados

  • 04

    Sexta

    Abr

    04/04/2025 às 17:56

    Sala de Imprensa

    O que esperar da bolsa após o tarifaço de Trump? Veja opinião de analistas

    A cautela ainda deve imperar durante o período de negociações com os EUA, mas pode ter espaço para algum otimismo com o Brasil Apesar de o Brasil ter entrado na lista dos países tarifados pelos Estados Unidos, segundo anúncio do presidente do país Donald Trump feito na quarta-feira (2), o mercado daqui deve se animar, já …

    Continue lendo
  • 04

    Sexta

    Abr

    04/04/2025 às 16:44

    Sala de Imprensa

    Carteira Valor: ‘Blue chips’ lideram lista de ações sugeridas para abril

    Carteira Valor: Papéis de bancos, exportadoras de commodities e empresas de serviços públicos também estão no alvo de estrangeiro O bom desempenho da bolsa brasileira no primeiro trimestre, especialmente em março, foi sustentado pela volta do investidor estrangeiro. E, quando os “gringos” vêm para cá, eles miram principalmente nas chamadas “blue chips”, as ações de …

    Continue lendo
  • 04

    Sexta

    Abr

    04/04/2025 às 15:55

    Sala de Imprensa

    Quais são as ações mais afetadas pelas tarifas de Trump?

    A onda tarifária criada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, até agora tem ajudado mercados emergentes como o Brasil. O Ibovespa, por exemplo, acumula alta de 9,06% este ano. Ações afetadas: mas muitas companhias já estão sofrendo e podem ser ainda mais prejudicadas com o tarifaço anunciado na quarta-feira. Que ações são essas? Os …

    Continue lendo