Ciclo econômico é o estado flutuante de uma economia, que permeia períodos de expansão e contração em longo prazo e marcam mudanças estruturais de uma sociedade.
Mais do que uma avaliação do mercado, os ciclos econômicos se consolidaram durante os séculos como termômetro e conscientização de que a economia sempre oscilou entre prosperidade, estagnação e crise.
É importante os investidores entenderem, principalmente aqueles que temem os riscos, que uma economia saudável certamente passará por fases de contração. Porém, diante da contração e recessão, há oportunidades de retornos positivos.
Os ciclos econômicos são interpretados por quatro fases principais. Cada uma possui suas características e impactos na macroeconomia, seja do ponto de vista nacional, regional ou global: expansão, pico, contração e recessão.
Os aspectos do ciclo econômico brasileiro
No Brasil, os ciclos econômicos começaram com produtos que ganharam protagonismo. Eles estão presentes na história de crescimento do país e foram propulsores da economia desde a chegada dos portugueses: pau-brasil, café, borracha, ouro e algodão, entre outros. Ao revisitar a história, é notório que todos estes produtos seguem o mesmo processo de expansão, boom, contração e recessão.
Com a maturidade do mercado, Bolsa de Valores, os ciclos econômicos se consolidaram. A análise é feita pela associação do Produto Interno Bruto (PIB) a fatores socioeconômicos como taxas de juros, gastos do consumidor, taxas de desemprego, entre outros, além de aspectos geográficos, culturais, políticos e de relações políticas internacionais.
A prática dessas análises trouxe a compreensão sobre o mercado ser de natureza cíclica e, a partir delas, assessores de investimentos passaram a ter um direcionamento mais assertivo em relação às aplicações financeiras.
Impacto dos ciclos econômicos nos investimentos
Diferentes tipos de investimentos se sairão melhor ou pior em cada fase do ciclo econômico. Por isso, além das projeções de mercado e dos setores associados ao perfil do investidor, é essencial incluir a análise dos ciclos na hora de alocar ações, títulos e outros investimentos.
Por exemplo, em um período de expansão, que é o momento de recuperação de um país após uma fase de recessão, as taxas de juros normalmente estão baixas e investir na bolsa de valores pode ser uma oportunidade de rentabilidade para o investidor.
Não é incomum que os investidores acreditem na falsa ideia de que entender o básico já basta: “ações tendem a se sair melhor no início e no meio do ciclo”, “títulos tendem a se sair melhor durante uma recessão”.
Ao contrário disso, o olhar precisa ser criterioso para não conduzir a erros e riscos. Afinal, gerir uma carteira de sucesso exige que se encontre a maior taxa de retorno com o menor risco, porém, tão importante quanto, é obter o crescimento desejado sem deixar de se proteger dos eventuais momentos de incertezas. A conclusão é que entender os ciclos econômicos faz enorme diferença na hora de investir.
Um bom assessor sempre está preparado para isso e baseia-se em pesquisas e indicadores para avaliar qual é o momento do ciclo, sabe identificar os setores de bom desempenho e as alocações de acordo com o retorno e risco. Tudo isso ajustado ao perfil do investidor.